Etiologia (causas) e Prevenção da Surdez


A deficiência auditiva pode ser congênita ou adquirida. As principais causas da deficiência congênita são hereditariedade, viroses maternas (rubéola, sarampo), doenças tóxicas da gestante (sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose), ingestão de medicamentos ototóxicos (que lesam o nervo auditivo) durante a gravidez. É adquirida, quando existe uma predisposição genética (otosclerose), quando ocorre meningite, ingestão de remédios ototóxicos, exposição a sons impactantes (explosão) e viroses, por exemplo.
Ao se pensar em surdez e nas limitações que lhe são associadas, é natural que se procure conhecer as causas que a provocam e os meios de evitá-las.
Durante muito tempo, e mesmo em nossos dias, a deficiência auditiva tem sido confundida com a deficiência mental e até com possessões demoníacas e seus portadores são chamados de "doidinhos", mudos ou surdos-mudos.
Muitos que alimentaram essas crenças, hoje superadas pelas novas descobertas e pelos avanços científicos, sabem que são várias e diferenciadas as etiologias (causas) que originam a surdez, embora o conhecimento científico atual seja ainda insuficiente para identificar todas elas.
Algumas condições têm-se destacado, no âmbito biomédico, como causas potenciais da deficiência auditiva ou a ela associadas:
Causas pré-natais: ( A criança adquire a surdez através da mãe, no período de gestação)
  • Desordens genéticas ou hereditárias;
  • Relativas à consangüinidade;
  • Relativas ao fator Rh;
  • Relativas a doenças infecto-contagiosas, como a rubéola;
  • Sífilis, citomegalovírus, toxicoplasmose, herpes;
  • Remédios ototóxicos, drogas, alcolismo materno;
  • Desnutrição/subnutrição/carências alimentares;
  • Pressão alta, diabetes;
  • Exposição à radiação;
  • Outras.

 

Causas Peri-natais: (A criança fica surda, porque surgem problemas no parto)
  • Pré-maturidade, pós-maturidade, anóxia, fórceps;
  • Infecção hospitalar;
  • Outras
Causas Pós-natais: (A criança fica surda, porque surgem problemas após seu nascimento)
  • Meningite;
  • Remédios ototóxicos, em excesso, ou sem orientação médica;
  • Sífilis adquirida;
  • Sarampo, caxumba;
  • Exposição contínua a ruídos ou sons muito altos;
  • Traumatismos cranianos;
  • Outros.
    O estudo da etiologia demonstra a importância da prevenção primária na área da saúde, uma vez que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, 1,5% da população dos países em desenvolvimento têm problemas relativos à audição.
    A prevenção primária refere-se às ações que antecedem o problema da surdez, evitando sua ocorrência e  deve ser realizada por meio:
  • De campanhas de vacinação das jovens contra a rubéola;
  • De exames pré-nupciais;
  • Do acompanhamento à gestante (pré-natal);
  • De campanhas de vacinação infantil contra: sarampo, meningite, caxumba, etc;
  • De palestras e orientações às mães.
    Já a prevenção secundária refere-se às ações que atenuam as consequências da surdez e são realizadas tanto na área da saúde, como na área da educação:
  • Na área da saúde, por meio do diagnóstico, da protetização precoce da criança e do atendimento onoaudiológico;
  • Na área da educação, por meio do atendimento na Educação Infantil, principalmente através do Programa de Estimulação Precoce (para crianças de zero a três anos).
A prevenção terciária refere-se às ações que limitam as consequências do problema da surdez e melhoram o nível de desempenho da pessoa, como por exemplo, aquelas que compõem o atendimento realizado pela Educação Especial.